terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tudo será como antes Amanhã

Cada dia trabalhado, genocídio de leões atentos ao capital, capoeira bem jogada por negros e negras, japoneses e japonesas, europeus e européias, americanos e americanas que se aculturam a um meio antes inóspito dotado de armadilhas grotescas de bátavos que sempre foram intitulados de batavos. Mais valia relativa cotidiana explorando cabeças que não podem mais gerar frutos por não serem abastecidas. A estas, provenientes de periferias malfadadas, resultantes dá má distribuição de renda e do constante vazio do poder do Estado, nenhuma força mais resta. Líderes carismáticos ainda levam de roldão platéias imensas de bestas encabrestadas que regurgitam o veneno engolido a cada novela das oito. Ah, esplêndidas macabras cenas de fartura, bem estar e felicidade! Ah, que contraste com a falta de saneamento básico, barracos que pegam fogo a cada dia e inundações que levam sonhos e vontade de viver! Ah, esta sociedade da visibilidade, da casca perfeita, do fruto mais podre e velho que já mais se viu antes! Às vezes estes acrobatas dilacerados caem, e não sei se por ironia ou por concisão, pedem desculpas numa tentativa de refugo de seu âmago, da punição por não suportarem abrir mão da pele de sua individualidade e vestir o couro da pequena comuna que detém o poder. Passam-se assim dias, anos, vidas e o mundo gira como ontem tal qual como será o amanhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário